Oficina sobre o amor
2022

Oficina sobre o amor – Comunidades de amantes / Workshop on Love – Community of lovers
Um manual para a construção de uma peça de teatro / Manual for the construction of a theater play
Com Brandon LaBelle e Octavio Camargo / with Brandon LaBelle & Octavio Camargo
Datas: 16 a 24 de maio de 2022 / May 16 – 24, 2022, Curitiba, Brasil

The work is developed in the context of a “culture of misery” initiated in Brasil under Bolsonaro. As a counter-measure, the Workshop on Love focuses on fostering love as a creative, communal power. Is love a potential framework for orienting labor by way of cooperation, festivity, the pursuit of hobbies, or even loafing around? Can love become a currency that emphasizes relational value and the making of solidarity economies? If love is often the basis for artistic craft, and the caring of things, might it move us toward a bolder art of living? Through such perspectives, the workshop engages with love as a deeply human experience and capacity, as something that traverses across cultures and societies. shaping the capacity for compassionate action, and which may also move us toward nonhuman others: love as a planetary relational power.

Based at the Centro Cultural Teatro Guaíra, the workshop develops as a series of performative scenarios or explorative actions, including gestures of care and hospitality, where love extends us beyond closed intimacy toward a sense of responsibility for others. This finds guidance by discussions and reflections on love following what Richard Gilman-Opalsky calls “communist affection” – where love is posed as a form of collective potency. What might communist affection mean to the order of the city and the functions of civic participation? How does love inform a sense of citizenship and the right to have rights? Such questions entail a consideration of craft, where a relation to materials, things, knowledge, lend to the formation of “techniques” – from handcraft, and the careful handling of things, to the composing of materials, words, music, and speech, which contribute to social play and potency, hope and joy. From giving attention to each other to attending to the city around us, the workshop poses love as the basis for radical hospitality and the enactment of a speech of welcome. Love, in this regard, is never only about romance, rather, it forms the basis for movements of togetherness.

Convidamos vocês a juntarem-se a nós para uma oficina sobre o amor como um poder criativo e comunitário. É o amor uma base potencial para orientar trabalhos por meio de cooperação, festividade, na busca de convergências ou até mesmo no simples desfrute de um tempo livre? Pode o amor se tornar uma moeda que enfatiza o valor relacional e a construção de economias solidárias? Se o amor é muitas vezes a base para a imaginação artística e para o cuidado geral com as coisas, pode o amor nos levar a uma arte de viver mais ousada? Por meio de tais perspectivas, a oficina se envolve com o amor como uma experiência e uma capacidade profundamente humanas, como algo que atravessa culturas e sociedades, moldando a nossa disposição para a ação solidária e que também pode nos mover em direção a outros não humanos, ao mundo das coisas e da natureza: o amor como um poder relacional planetário.

Sediada no Centro Cultural Teatro Guaíra, a oficina propõe a realização de cenários performativos ou de ações exploratórias, incluindo gestos de cuidado e hospitalidade, onde o amor se estende para além da intimidade fechada dos amantes em direção ao senso de responsabilidade pelo outro, sendo neste aspeto, guiada por discussões e reflexões sobre o amor seguindo o que Richard Gilman-Opalsky chama de “afeição comunal” – onde o amor é colocado como uma forma de potência coletiva. O que o afeto comunal pode significar para a ordem da cidade e as funções da participação cívica? Como o amor nos informa sobre um senso de cidadania e sobre o direito de ter direitos? Tais questões implicam uma consideração do ofício, do métier artístico, onde uma relação com materiais, coisas e conhecimentos, leva à formação de “técnicas” – desde o artesanato e o manuseio cuidadoso das coisas, até a composição de materiais, palavras, música e fala, que contribuem para o jogo social da potência, da esperança e da alegria. Desde dar atenção ao outro ao cuidar da cidade em torno, a oficina propõe o amor como base para a busca de uma hospitalidade radical e para a encenação, ainda que inicial, porém focada, de um discurso de boas-vindas. O amor, nessa perspectiva, não se confina ao aspecto erótico-imaginativo do romance, mas, sobretudo,  forma a base para movimentos e atitudes no sentido de estarmos juntos.